O processo de José Maria Marin está finalizado no no Comitê de Ética da Fifa. O resultado divulgado pela câmara decisória da entidade é que o ex-presidente da CBF está banido permanentement
Além disso, ele foi multado no valor de 1 milhão de francos suíços (R$ 3,8 milhões). Ainda existe a possibilidade de recorrer à Câmara de Apelações da própria Fifa e, também, ao Tribunal Arbitral do Esporte.
Segundo o comunicado da Fifa, a investigação revela esquemas de suborno, entre os anos de 2012 e 2015, nos contratos a empresas de mídia e direitos de marketing de competições da Conmebol, Concacaf e CBF.
Marin já tinha sido excluído temporariamente antes, mas a Fifa aguardava a decisão do seu processo na Justiça norte-americana para concluir o caso junto ao Conselho de Ética.
No ano passado, em agosto, Marin foi condenado a quatro anos de prisão pela juíza Pamela Chen por envolvimento em esquemas de corrupção.
Antes, ele já estava preso nos EUA, desde maio de 2015. Isso aconteceu após uma operação durante um congresso da Fifa. Além dele, vários dirigentes do alto escalão do futebol foram detidos. Marin ficou em prisão domiciliar até dezembro de 2017.
ENTENDA
Marin foi preso no dia 27 de maio de 2015 em Zurique pela polícia da Suíça. O pedido foi da justiça norte-americana. Ele estava em um hotel de luxo quando foi detido.
Ele ficou cinco meses preso na suíça e depois foi extraditado para os Estados Unidos. O ex-dirigente pagou uma fiança de US$ 15 milhões e passou dois anos em prisão domiciliar, em Nova York.
A condenação de Marin aconteceu em 22 de dezembro de 2017 e ele foi preso imediatamente. O julgamento no tribunal do Brooklyn durou sete semanas e um júri popular o considerou culpado de seis das sete acusações de associação criminosa, lavagem de dinheiro e fraude bancária por aceitar subornos ligadas a contratos da Copa Libertadores e da Copa América.
O Fifagate, como ficou conhecido o escândalo, a justiça dos Estados Unidos acusou 42 pessoas e empresas de 92 crimes e de articular US$ 200 milhões em subornos.
Dos 42 acusados, três já morreram. 22 se declararam culpados e dois já foram sentenciados. Quatorze deles ainda continuam em seus países, como Teixeira e Del Nero, este último banido pela Fifa de atividades relacionadas ao futebol. Del Nero nunca foi detido ou acusado no Brasil.