Neymar e o poder midiático das suas ações. Durante a Copa do Mundo, a queda com a seleção brasileira e a chacota mundial pelo “cai cai”. Semanas depois do Mundial, o jogador vem a público em um comercial, com traços de desabafo, para admitir os exageros nas faltas recebidas.
“Trava de chuteira na panturrilha, joelhada na coluna, pisão no pé. Você pode achar que eu exagero, e às vezes eu exagero mesmo. Mas a real é que eu sofro dentro de campo. Agora, na boa, você não imagina o que eu passo fora dele”, disse o atacante durante um comercial da Gillette.
No fim, Neymar disse que aprendeu com as críticas e isso irá ajudá-lo a crescer e evoluir como homem.
“Eu demorei para aceitar as suas críticas, eu demorei para me olhar no espelho e me transformar em um novo homem, mas hoje eu estou aqui, de cara limpa e de peito aberto. Eu caí, mas só quem cai pode se levantar. Você pode continuar jogando pedra, ou pode jogar essas pedras fora e me ajudar a ficar de pé. E quando eu fico de pé, ‘parça’, o Brasil inteiro levanta comigo”, finalizou.

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OPINIÃO
Neymar transformou uma falsa angústia em produto midiático ou capitalista. É uma terapia mercantil ao lado do caixa financeiro.
O jogador não fez nenhum desabafo sincero ou pedido de desculpas pelos erros na Copa do Mundo. Ele fez apenas um acerto publicitário para aumentar ainda mais a sua grande conta bancária.
O produto capitalista chamado Neymar conseguiu artificializar um depoimento que poderia ser feito, de maneira sincera, após o jogo contra a Bélgica e sem ajuda de um publicitário capaz de escrever um texto emotivo.
Neymar é um homem tratado como menino incapaz de mostrar seu real sentimento e sua real capacidade intelectual para expor aquilo que deveria ser natural.
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